Mundo Bahá'í

Num mundo onde a crença em qualquer coisa é natural, dizer que você é bahá'í, é ser mais um na multidão espiritual, isso tem feito muita gente diminuir esta fé nova a uma religião como outra qualquer, muitas vezes falando que ela não tem base e fundamentos definidos. É muito fácil citar certo grupo religioso e fazê-lo de parâmetro para o julgamento de outras religiões mundo afora. Só que poucos são os que estão pesquisando os Livros Sagrados com eqüidade e sabedoria, quando estão, trazem uma carga de preconceito e injustiça gigantesca, isso é refletido em seus livros ditos espirituais e ensinados em suas Igrejas e Mesquitas, falando que Deus quer que o crente ouça isso.

Tive contato com a Fé Bahá'í em 95, estudei com um rapaz, Magno, amigo meu até hoje, que era/é desta religião, cresceu nela, vi que era um, embora já tivesse um desejo grande pelo estudo da religião, demorou muito até que realmente eu dissesse "Agora eu sou Bahá'í", que foi em 2002 e firmado em 2006. Andei por muitas religiões e Escolas dos Saberes Antigos, as Sociedades "ditas" Secretas, os seguidores desses grupos sempre me viram com uma pessoa em potencial para ser alguma coisa dentro da religião deles, pois gostava de perguntar, de ler os livros espirituais, místico e filosóficos de cada grupo um pouco demais. Se fosse egolátra, hoje seria um sacerdote ou outro nome que se dê a quem lidera um movimento desses, isso era algo que jamais pensei em ser, uma espécie de líder espiritual, sempre lutei contra isso, os Livros Sagrados não mandam você ser sacerdote, levar a palavra divina é um coisa, se auto-intitular guru e porta-voz de Deus outra.

Quando conheci a Fé Bahá'í, já colocava em prática em minha vida, muitos dos preceitos ditos por esta fé: "Que Deus é um só e que de tempos em tempos ele se manifesta na Terra", "Que a mulher dever estar em igualdade com o homem", "Que a religião deve andar de mãos dadas com a ciência e vice-versa", "Que só existe uma raça, a humana", "Que inferno e diabo não existem, diabo é o nosso ego e o inferno afastamento de Deus" e por aí vai, isso é só uma pontinha do iceberg, a Fé Bahá'í é muito mais rica e complexa, ma não de difícil entendimento e assimilação, pois seus ensinamentos a mais de um século vem transformando o planeta. Por ser moleque, tudo aquilo me pegou de surpresa, caiu como uma luva naquele momento, ia na casa de meu amigo, pegava livros, folders e orações de monte para levar para minha casa, chegando lá, meus pais nem atenção davam, uma prima, a evangélica da Igreja Batista, disse uma vez que aquilo era passageiro que no futuro eu iria deixar de lado, não deixei, mas não era o momento para ser Bahá'í, embora lesse muita coisa, não era o que queria naquela hora.

Me afastei da fé, Magno e seus familiares não me cobravam para ser bahá'í ou me aprofundavam nos ensinamentos, as vezes me pergunto, se naquela época tivesse me tornado um crente, eu iria ser o mesmo hoje ou parecido, acredito que sim , já que esse desejo de conhecer as religiões e fazer comparações entre elas, vem desde novinho. Talvez não tanto no lado místico esotérico, mas um conhecedor das principais religiões mundiais, com certeza. Tudo tem seu tempo.

Ainda hoje ouço coisas terríveis sobre a Fé Bahá'í, sobre mim, se tenho dúvidas, se acredito no capeta, que ele está me enganandoi. Nunca foi tão atual a passagem bíblica, "deixe os mortos sepultar os seus mortos...", Mt 8:22 e bem enfatizada por Mc 12:27 "Deus não é de mortos, mas, sim, é Deus de vivos". Precisamos ressuscitar agora, em vida, para enxergar o Reino de Deus entre nós, a Nova Jerusalém descida dos céus, a espera de seus filhos separados aos quatros cantos do planeta.

"Feliz o adormecido que se desperta ao sentir a Brisa de Deus e se levanta dentre os mortos e dirige seus passos ao Caminho do Senhor"
(Bahá'u'lláh, Epístolas de Bahá'u'lláh)